Talvez seja tamanha nossa evolução sob todos os aspectos, que quando nos
deparamos com algo duradouro, que nos remete ao passado mesmo que não muito distante
acabamos nos deprimindo, trazendo à tona todas as nossas nostalgias e fragilidades.
Se a vida é um vai e vem, e nada é para sempre, por que ainda é tão
difícil aceitar o fim? Mas mesmo havendo um contrassenso de não acreditarmos no derradeiro,
fazer um “projeto de vida” esta tão démodê quanto programar, pois as pessoas
não tem a mínima ideia do que irá acontecer com elas no próximo ano, mesmo que
isso não seja nem um pouco recomendado.
Em tempo de incerteza e volatilidade, a impaciência e a ansiedade
imperam e andam cada vez mais em sintonia, atacando as pessoas nos seus âmagos.
As Sociedades por sua vez, foram individualizadas, e a Democracia, esta
ficando fora de moda. As cirandas de amigos viraram pó nos álbuns de família,
substituídos pelos compartilhamentos em massa em redes sociais tão instantâneos
quanto às reações de covardia e violência cada vez mais desenfreada.
Na verdade em épocas de “tempos líquidos”, sempre queremos burlar nossas
limitações, aflições e anseios, e vivemos
tão apressados em ser ou estarmos felizes que a única coisa que se perpetua é
nossa ira, impaciência e egoísmo, que acabam “contribuindo e solidificando” poucas
ou nenhuma relação pela qual estamos ou que muito rapidamente nos inserimos.
Saudações aos Tempos!!!