quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

"Tempos descartáveis"

Talvez seja tamanha nossa evolução sob todos os aspectos, que quando nos deparamos com algo duradouro, que nos remete ao passado mesmo que não muito distante acabamos nos deprimindo, trazendo à tona todas as nossas nostalgias e fragilidades.

Se a vida é um vai e vem, e nada é para sempre, por que ainda é tão difícil aceitar o fim? Mas mesmo havendo um contrassenso de não acreditarmos no derradeiro, fazer um “projeto de vida” esta tão démodê quanto programar, pois as pessoas não tem a mínima ideia do que irá acontecer com elas no próximo ano, mesmo que isso não seja nem um pouco recomendado.

Em tempo de incerteza e volatilidade, a impaciência e a ansiedade imperam e andam cada vez mais em sintonia, atacando as pessoas nos seus âmagos.

As Sociedades por sua vez, foram individualizadas, e a Democracia, esta ficando fora de moda. As cirandas de amigos viraram pó nos álbuns de família, substituídos pelos compartilhamentos em massa em redes sociais tão instantâneos quanto às reações de covardia e violência cada vez mais desenfreada.

Na verdade em épocas de “tempos líquidos”, sempre queremos burlar nossas limitações, aflições e anseios, e vivemos tão apressados em ser ou estarmos felizes que a única coisa que se perpetua é nossa ira, impaciência e egoísmo, que acabam “contribuindo e solidificando” poucas ou nenhuma relação pela qual estamos ou que muito rapidamente nos inserimos.   

Saudações aos Tempos!!!

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